Dicas como aproveitar o máximo

Avaliação Visual:
Avalie o vinho contra a luz ou contra um guardanapo branco e observe a sua limpidez, seu brilho, sua transparência, sua cor. Verifique seu aspecto.

wine-color-chart1Avaliação Aromática:
Cheire profundamente o vinho ainda em repouso no copo. Procure descobrir os diferentes aromas. Estes são os aromas primários, ou seja; derivados do tipo da uva. Depois parta para os aromas secundários e terciários, aqueles que se formam durante e após a fermentação. Você poderá sentí-los se agitar o copo com movimentos giratórios rápidos e cheirá-lo novamente.

Avaliação Gustativa e Tátil:
Ponha um bom gole de vinho na boca por uns 8 ou 12 segundos e perceba as diverssas sensações de paladar que podem surgir e avalie seu “corpo “.

Nosso paladar, bastante inferior ao nosso olfato, está na língua. Sentimos quatro classes de gostos: Doces (ponta da língua), Acidez (laterais da língua), o Salgado (meio da língua) e o Amargo (fundo da língua). E consequentemente as misturas deles.

O que não é bom com o vinho…
Assim como o melhor vinho é aquele que você mais gosta, a melhor combinação também. Por tanto experimente sempre. Porém, sempre é bom observar algumas “regras”:

– Limão e vinagre são muito ácidos e agridem as papilas gustativas, anulando assim a avaliação que teríamos do vinho. Portanto, vinho com saladas não é lá uma boa pedida.

– Vegetais crus também não são receptivos ao vinho.

– Alho e cebolinha dificultam o paladar em função dos ácidos e doces simultâneos, direção oposta à dos vinhos. Alho frito demais, também interfere no paladar, principalmente dos tintos.

– Mais de dez condimentos diferentes se juntam para se fazer o “Curry”, que tem paladar muito acentuado, tornando-se assim um inimigo da boa degustação de um vinho.

– No caso das sobremesas os inimigos da degustação são as saladas de fruta, pelo excesso de acidez, os doces com bebidas, ou os muito açucardos que deixam ácidos os vinhos de sobremesa e os sorvetes que acabam por anestesiar as papilas. As sobremesas com chocolate predominante devem ser acompanhados por um Porto ou por um Banyuls.

De qualquer forma, lembre-se sempre que a escolha do vinho deve procurar harmonizar o conjunto degustativo, tornando o alimento completo. E vá experimentando. Nada melhor do que isso…

Precisamos aprender a treinar nosso olfato.
Os aromas são grande parte do prazer de um vinho. Fechar os olhos e sentir todas as nuances que ele nos guardou anos dentro da garrafa, trazendo traços de sua origem, de seu solo e clima, …é uma viagem para um sonhador e consequentemente maior prazer e respeito ao vinho, à natureza e ao homem que o produziu.

Curiosidade: Captados pelo nariz, nosso cérebro é capaz de sentir até 25.000 tipos distintos de cheiros!!! Já sabemos que o cheiro é o mais rápido de nossos sentidos no caminho do cérebro e no aroma de um vinho, nós apreciadores de vinho encontraremos grande parte de nosso prazer, como também muita informação importante.

Os aromas presentes nos vinhos, se dividem em três tipos básicos: Frutas, Flores e Vegetais, além dos grupos particulares que são os de Torrefação, Alimentos e Odores de Animais.

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O grupo das frutas se divide em dois: Frescas e Secas.

No grupo das frescas a maçã é a mais predominante principalmente em vinhos brancos, por um motivo: ela, como as uvas, têm em sua composição o ácido málico. Como também o cheiro de limão em vinhos brancos jovens, tem a ver com a acidez.

De um modo geral, sente-se aroma de fruta de polpa branca em vinhos brancos e frutas de polpa vermelha nos tintos.

Além das maçãs, encontra-se também odores de: pera, abricó, pêssego, abacaxi, marmelo e banana.

Nos tintos, a framboeza, a amora, o morango, a ameixa e o cassis.

O cassis é o grande elemento de identificação dos grandes tintos da Bourgogne, todos feitos a partir da uva Pinot Noir.

As frutas secas se mostram muito sugestivas, principalmente a amêndoa grelhada e a avelã, nos grandes vinhos da Bourgogne e também os grandes da Itália, principalmente do Piemonte e também os da Austrália e da Califórnia, todos produzidos a partir da uva Chardonay.

O aroma do figo seco pode aparecer em alguns grandes tintos de safras exepcionais de Bordeaux e também de alguns vinhos do Porto.

Já o cheiro de ameixa seca, pode revelar problemas com a vinificação e engarrafamento dos tintos, mas é virtude nos vinhos doces Banyuls e Riversalts, provenientes da uva Grenache.

A relação das flores com os aromas dos vinhos também obedece de forma geral certa lógica com as côres: As de pétalas brancas, rosas e amarelas, são próximas dos vinhos brancos jovens, enquanto as vermelhas e violetas são sugeridas pelos tintos.

As rosas por exemplo tem muito a ver com as uvas Gewurstraminer e Muscat, enquanto a violeta marca presença em grandes tintos de Bordeaux (Margaux, principalmente)

Tanto tintos como brancos, em evolução após algum tempo na garrafa, propõem ao olfato uma nítida lembrança de flores secas.

Os vegetais se apresentam com os aromas: do pinheiro, do eucalipto, da menta, da folha do tabaco(tintos antigos), do feno cortado, da folha de nogueira(Vin Santo, Madeira, Jerez) entre outros.

Alguns tintos Chilenos e Italianos, apresentam quando muito encorpados, odor típico de florestas e bosques. O carvalho, como é óbvio, acrescenta um carater aos vinhos que repousam em barris feitos de sua madeira.

As ervas nem sempre indicam um bom vinho “o gosto é muito herbáceo”… costumam dizer os especialistas.

As especiarias e aromatizantes têm um papel nobre ao “explicar” um vinho.

Pimenta-do-reino, canela, noz-moscada, cravo, alcaçuz, gengibre, aniz, louro, sempre dão o ar de sua graça, mas nehum se compara à presença de baunilha nos vinhos envelhecidos em tonéis de carvalho, cuja madeira exala um aroma dela derivado: a etilvanilina.

Por odores de torrefação entendem-se o café, a madeira queimada, o cacau, o caramelo, o chá e mesmo o asfalto! (Os Riesling da Alsácia e alguns brancos da Africa do Sul e da Califórnia)

Entre os aromas alimentares são frequentes os de manteiga e o mel nos grandes vinhos brancos (Montrachet, Chablis Grand Cru e bons Chardonnay)

Por mais curioso que possa paracer, os vinhos feitos com uvas Sauvignon, por exemplo podem ser florais e lembrar o cassis, o pimentão verde. Aliás, sobre o Sauvignon uma curiosidade: `as vezes costuma-se encontrar traços do aroma de …xixi de gato?!…

Capta-se também várias vezes foi o aroma de couro, de peles de animais de caça e do almiscar, em tintos já velhuscos mas ainda ricos em tanino. Não são odores desagradáveis e muitos viticultores europeus ficam felizes quando seus vinhos chegam a este ponto, considerando de grande elegância, aristocrático mesmo. É bastante claro para mim, por exemplo, num bom Barolo, depois de bem respirado, o aroma da pele de um bom “prosciuto crudo”.

Quanto mais odores, melhor o vinho que iremos saborear.

  Temperaturas:

As temperaturas ideais para melhor aproveitarmos os vinhos são as seguintes:

Champagne e Sauternes

Brancos

8 a 10º

Rosés

10º

Beaujolais e Côtes du Rhône

14º

Tintos

17 a 18º

Guarda:
Devemos guardar os vinhos sempre em lugares frescos, meio humidos e sem luz, além de ausente de cheiros de materiais de limpeza por exemplo.Existem hoje adegas-armário, climatizadas especialmente para isso. Não é frescura para quem tem condições de comprar bons vinhos de boas safras.

Guarda-se deitados para que a rolha não resseque e para permitir a vedação adequada.

Vinhos brancos, bebe-se sempre novos, com dois a quatro anos, podendo chegar a cinco ou dez anos em vinhos especialíssimos como o Montrachet ou os Chardonnay de raça.

Aqui vale ressaltar a excessão aos Sauternes que podem e devem envelhecer até mais de 10 anos, chegando facilmente aos cinquenta anos ou mais, caso do famosíssimo Château D’Yquem.

Os vinhos verdes do tipo Casal Garcia bebe-se sempre o mais jovem possível, ideal no primeiro ano.

Os tintos encorpados e de boa safra, estes sim devem ter uma certa idade para estarem realmente prontos. Os Bordeaux, Os Barolos ou Brunelos, são vinhos de muita guarda, como se diz. Há Brunelos de mais de cem anos na adega dos Biondi Santi!

Decantar:
O decanter nada mais é do que uma boa e limpa garrafa de cristal, bem bojuda. Ele é usado para duas coisas: Salvar de nossos copos a borra que ficou na garrafa e arejar, deixar repirar o vinho que durante tanto tempo ficou amadurecendo dentro da garrafa, repousado em sua adega.
Tabela Periódica VinhosQuando utilizar: Consulte um Sommelier contato@luchiari.com.br

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